segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O substituto da bomba atômica

Ontem vi uns pedaços do Domingo Espetacular, na Record. Confesso que esta crônica está saindo de uma notícia que vi pela metade, mas que me impressionou muito. Ela era a respeito da idéia de dominar o clima de modo a fazer disso uma arma de guerra - e pior: que os Estados Unidos planejam ter essa vantagem em seu exército até 2025.


Conforme disse um cientista consultado pela matéria: qual o interesse em se trabalhar nisso? É incrível como estamos precisando justamente unir todos os povos e pessoas para salvar o mundo, e no entanto ainda surgem idéias destrutivas e, por que não dizer?, suicidas, que a ciência leva adiante, pois lhes dá crédito. Sem contar que já vi este filme antes. Enquanto assistia, outro especialista consultado comparou esta busca de agora com outras que ocorreram anteriormente, em busca do domínio de armas mais poderosas. Lembram da Guerra Fria, em que Estados Unidos e União Soviética disputaram o controle da tecnologia nuclear, ou seja, o segredo da fabricação das bombas atômicas e a legitimação da posse delas? Além do medo velado daqueles anos - os mais velhos devem lembrar, talvez, da célebre história de "apertar um botão vermelho" para que simplesmente o mundo acabasse, porque a expectativa de uma Terceira Guerra Mundial, contando com tais armas, seria essa. E não nos livramos totalmente dessa história hoje, pois há países que fabricam e mantêm essas bombas no seu território, apesar da proibição dos Estados Unidos, sempre eles, que no entanto se reservam o direito de possuir tais armas.


Será que tem como imaginar o que acontecerá se algum humano tiver poder sobre o clima? Só de leve, e mesmo assim já dá para ficar aterrorizado. Segundo outros especialistas consultados na reportagem, seria possível mandar ventos fortes para determinados países (furacões), e até provocar a seca. Certo, talvez desse também para fazer chover em regiões com pouca chuva, mas de nenhuma forma dá para se enganar nesse assunto, ainda mais quando quem está querendo se apossar desse poder é o exército: vai ser usado para a destruição de quem contrariar o país detentor. Não vai ser bom o ser humano ter o domínio do clima, sem contar que, novamente, o homem está brincando de Deus. Mas ninguém hoje leva esse argumento a sério, ou leva?


E outra questão boa de se pensar: supondo que os Estados Unidos realmente consigam esse controle do clima e usem essa arma no "combate ao terror" (leia-se, hoje, muçulmanos) e realmente devastem um país, como, não custa lembrar, fizeram com as cidades de Hiroshima e Nagasaki (bombas atômicas) e com o Vietnã (napalm), será que em seguida vão aceitar que o 11 de setembro perca o posto de "maior ataque terrorista da História" para uma obra deles mesmos? (Já coloquei, em outro momento, que apesar de reconhecer a gravidade deste fato, pois morreram três mil pessoas nos ataques, destas 184 no Pentágono, não considero que este seja o "maior/pior ataque terrorista da História"...)

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